Ponte... não a preta, mas aquela que muitas vezes você tem que atravessar, passar -por cima ou por baixo, se jogar, com ou em corda...
Ponte de decisões, de riscos, de momentos que passam... e não. Não voltam meeeesmo. Sabe a cena que mais ilustra isso? Em O casamento do meu melhor amigo, Julianne (Julia Roberts) e Michael (Dermot Mulroney), estão andando de barco num rio... eles falam dos sentimentos deles ( o que já é muito difícil) então, quando a platéia inteira acha que eles vão se beijar... mas se afastam, no exato momento que eles passam por baixo da ponte. É extremamente significativo: passou.... JÁ ERA!!
Sim, ela perdeu a oportunidade de dizer que o amava. Sim o amava e ponto. O lance de se jogar da ponte é exatamente esse. Ser fiel ao que se sente, mas e o medo? E a frustração? E lidar com isso diariamente.
Como seria se ela tivesse ido além de sua intenção? O final do filme seria outro? O nome do filme também? Nada é tão previsível assim.
Hoje tenho idéia de quem eu sou, mas amanhã... posso acordar com amnésia, com dissimulação aguda e pronto.
Não pense que essas palavras são dádivas de um salto da ponte, do pára-quedas... Isso é um pequeno tapa na minha cara. Porque quem precisa se jogar da ponte da minha vida... sou eu.
Quem precisa ganhar asas e voar... sou eu... quem merece correr o risco... sou eu.
MEDO... uma palavra tão pequena perto de CORAGEM...
terça-feira, 29 de abril de 2008
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1 E o que você sabe?:
O nome do seu blog é conveniente, certo?
Porque, como estamos dizendo desde ontem, sabemos ABSOLUTAMENTE de tudo isto.
Sabemos da oportunidade perdida, sabemos que algumas coisas não tem concerto, sabemos que o passado não volta, sabemos que estas podem ser as últimas palavras que escrevemos, sabemos que também falta fazer muitas outras coisas.
Mas ter coragem é algo que não nos ensinam. Crescemos com medo das coisas, com medo da punição, com medo de utilizar o livre-arbítrio. Crescemos com regras que não nos ensinaram a quebrar.
Por isto, eu gosto da sensação de pular, de ouvir a gravidade. Gosto mesmo, apesar do intenso embrulho no estômago. Quero realmente pular, quero sentir a boa sensação de dar um salto no vazio, mas... e se o pára-quedas não abrir?
Tem que pesar os dois lados. E apesar de querer os riscos agora (todos os envolvidos, todos mesmo), eu ainda não estou preparada. Você está?
Beijos.
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