segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Up date

Eu sei que deveria ter escrito antes, mas não tive condições mentais para parar e me dedicar em palavras. Eu precisava falar. Conversar. Verbalizar. E foi o que eu fiz muito essa semana.
Hoooooras a fio via skype e msn. Tentando tirar de mim uma pressão e uma responsabilidade que no fundo não é minha.
Mas eu sou assim, se tenho algo para fazer faço com amor, dedicação.
O que aconteceu foi o seguinte:
Uma das meninas que moravam aqui teve uma depressão fortíssima. Ela ficou sem dormir por 6 dias e eu, que fiquei cuidando dela, fiquei 3. Tive que doar amor de mãe mesmo. E por esse período tive que deixar os meus sentimentos e neuras de lado, para me dedicar o que era emergencial.
Mas eles ficaram ali, pacientemente esperando a hora de vir a tona. Tratei deles no meu tempo de falar e falar até me desapegar daquilo que de fato não me pertencia.
Não vou entrar em detalhes porque agora isso tudo pertence ao meu passado. E eu não quero ficar remexendo nesses sentimentos. O bom e o que me ajuda nesse desapegar de tudo é que ela está sendo cuidada por especialistas enquanto espera a chegada de sua mãe.
In the other hand... A outra menina que mora aqui está de partida. Aliás de regresso para Vancouver. E isso significa: FICAR SOZINHA. Sozinha numa casa enorme. Sozinha e não ter com quem falar. Sozinha de ter que preparar minhas refeições apenas para mim. Sozinha de ter que manter a casa (no sentido de limpeza)...
Não sei o que esperar, sinceramente. Não sei como nem o que fazer.
Lá fora um frio de -29ºC e aqui dentro... sozinha.
O que espero fazer é: ler, ver tv e seriados, cozinhar e me dedicar a mim.
Se essa jornada é para me conhecer melhor (a la Comer, Rezar, Amar) não tenho dúvidas que é a parte do Rezar.

Desde já peço a Deus que me dê força. Que me dê sabedoria. Que eu não surte, que eu não deprima tanto, que eu possa identificar as coisas boas e usar ao máximo para meu auto conhecimento.
Peço a minha família paciência e presença (mais ainda)
Peço aos meus amigos que não me "abandonem" e que se façam mais presentes do que já estão.
Peço a mim mesma que eu mantenha a calma e o foco.
Amém.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Da série: Pessoas de Vancouver - Cap 1 - Marina

Eu acho que o mundo devia conhecer Marina.
Porque ela é muito garota, sabe? Novinha, mas já eh tão gente boa, com uma alma tão bonita.
Tem um sorriso tão verdadeiro...
Foi um instante para me apaixonar por ela.
De vontade de ter sempre por perto, mesmo.
Amiga, sincera, verdadeira, culta, suuuuper inteligente, descolada.
Nosso primeiro grande momento foi: Passear o dia todo, tomar uma breja, comprar sapato (leeeevemente embriagadas) depois sorvete free debaixo de chuva!!!
Ela estuda em SB e viemos nos encontrar tão longe.
Mas isso tb eh um sinal de que é pra sempre, mesmo.
Sim, é verdade que eu não a conheço tão bem assim, minha mudança para Invermere quebrou uma rotina de encontros... ahahah mas nos falamos sempre (e viva a tecnologia!).
Mas quer mais o quê?
Temos muito tempo para fortalecer ainda mais o que começamos a construir aqui.
Ma querida, quero que você saiba que eu não vou largar do seu pé!! ahah
E nosso super (VERDADEIRO) churras brasileiro no Brasil (ahahah) está na lista de coisas para fazer tão logo eu volte!!

Seja feliz!
Continue essa doçura de pessoa.
Minha sis por escolha do destino!

Amo mesmo!!


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Incansável....

Cada dia aqui é um dia diferente, embora seja uma repetição de atividade, palavras e ações.
Me refiro aos meus sentimentos.
Tem dias que me sinto em paz, tem dias que me sinto em sintonia, tem dias que me sinto "miserável".
Me irritar e aceitar o que me irrita tem levado poucos minutos. Antes levaria uma vida.
Eu já me julguei uma pessoa perfeita. Levei tempo para entender que não sou. Mas ainda assim, não acho que eu seja tão problemática assim.
E me questionar os motivos dessas "provas" de vida é exercício mental diário.
Comecei me questionando pq eu estava me "rebaixando" tanto lavando privadas e banheiras...
Hoje nem penso mais nisso. Simplesmente faço. Encaro como ginástica. E transpiro muito!
Me questiono o porque do isolamento. O porque dessa instrospecção. Meu coração queria continuar nas noitadas de Vancouver. Mas minha mente sabe que é necessário aquietar. O coração aceita, embora ambos não tenham noção do motivo ou objetivo.
Simplesmente fazem, é o que tem pra hoje.
Acordar, trabalhar, voltar para casa, fazer janta/almoço, tomar banho, falar com poucas pessoas, dormir e tudo de novo.
Não é porque eu não queira fazer algo out side.. Simplemente não dá. Simplesmente não tem.
Repetição.
É o que eu tenho para lidar. Segurar uma ansiedade, me afastar de guloseimas, pensar positivo e para frente. Chorar quando sentir vontade.
Essa maratona de isolamento está sendo mentalmente cansativa.
Achar inspiração para continuar não é fácil. Mas poderia ser mais difícil.
Como sempre, aliás...