O anônimo comentou no outro post "O "Eu queria" eu entendi bem, mas cade o "Eu quero"!! no Presente! Move On!!"
e seriamente eu fiquei pensando nesse "Eu quero" pensei, pensei.. e ai entendi. O meu "eu quero" de fato não tem espaço na minha vida. Não agora. Pelo menos espero que seja mais uma fase.
Eles podem ser secretos. Ou posso definí-los talvez como sonhos que nunca se realizarão. Ai os meus infindáveis quereres.
Daqueles que não adianta contar, dividir. O meu coração sabe. E isso basta. Ou não.
Do que adiantaria expor?
Porque é no acordar-dormir que esses segredos, que os sonhos e os quereres se tornam renováveis.
Mas não uma renovação de esperança. Daquelas que você acredita e tem o poder de correr atrás, lutar e realizar. Concretizar.
É a renovação do "fail". Segundo o dicionário(tradutor do google, na verdade) fail pode ser fracassar, faltar, desapontar,enfraquecer, minguar, enganar-se, não ter efeito..
Tantas definições para apenas um sentimento. Verdades particulares.
E são as coisas da vida.
Elas fazem parte. E eu só não queria que elas fossem tão profundas e marcantes.
Queria mesmo que elas fossem mínimas... E talvez seriam se lá atrás eu não tivesse dado tamanho valor.
E só para deixar registrado, sem tom de dar satisfação. Essas coisas são aquelas não dependem exclusivamente de mim.
Por isso, mais do que nunca, inclusive nessa fase, preciso aprender a lidar com as minhas expectativas sobre ser feliz enquanto esta felicidade depende exclusivamente de outras pessoas...
Não sou fail. Mas tenho me sentindo assim. Pelo menos na maior parte das 24 horas
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domingo, 11 de setembro de 2011
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Ufa ufa ufa...
As coisas andam bem confusas por aqui.
Digo eu ando bem confusa.
Queria mesmo que essa confusão fosse para escolher o que fazer de almoço, onde passar o reveillon, o que comprar de presente para as pessoas.
Infelizmente, esse mundo cor de rosa, não está existindo na minha vida nesse último mês, por assim dizer.
E poucas coisas estão colaborando para me deixar feliz.
1- situação da Giovana e a ida dela, repentinamente para o Brasil.
2 - a ida da Princess para Vancouver
3- Consequência do ponto 1 e 2 eu sozinha numa super casa, sem vizinhos, sem companhia.
4 -Anuncio do show do u2 no Brasil em abril e consequentemente a tensão para decidir se comprava ou nao comprava..... *Não comprei.. ahaha*
5- com tudo isso, a ação contra o meu ex empregador. Ansiedade pela data da audiência e muitas orações e pensamento positivos para que a data coincidisse com o acontecimento nº 4
6- Considerando 4 e 5 já estava me imaginando abraçando as pessoas, comendo feijoada e filé a parmegiana, comendo bolo quente com manteiga e brigadeiro na panela.
7- Enfim data marcada e 4, 5 e 6 vão por água abaixo....
8- TPM que tem acabado comigo
9 - o kit completo de 1 a 8 virou uma panela de pressão. E explodiu. Eu não consegui parar de chorar. E a palavra desespero me parece a mais verídica para descrever esse momento.
Tudo foi razão suficiente para isso acontecer, para sim desesperar, deprimir, ficar muito triste.
Quem tem falado comigo nesse período sabe o quanto tenho reclamado de solidão e do drama que é fazer as despedidas de Skype e MSN quando a hora avança madrugada a dentro no Brasil. #OdeioEsseFusoDe-5...
Estou minha melhor amiga como nunca estive na minha vida.
Estou aprendendo a conviver sozinha. De certa maneira isso me assusta. Tenho medo de me tornar pedra. De não saber mais conviver em sociedade. De não saber me relacionar com pessoas reais.
Tenho medo de adoecer. Mas tenho me apegado as minhas crenças. Isso tem me tornado mto mais forte. Mas a questão do adoecer ainda se faz presente. Tenho me observado.
Eu tenho objetivos. E tenho feito de tudo para atingí-los, mas sempre haverá uma pedra no meio do caminho ou um caminho no meio de uma pedra. E essa última combinação tb descreve o momento.
Eu costumo me surpreender com algumas reações. Minhas. Eu sempre me fiz de vitima. FIZ. Hoje encaro tudo isso como realmente é. Aprendizado e crescimento. Me abalo, posso chorar, mas sacudo a poeira.. e tenho que dar a volta por cima. Se não for assim, nunca será nada.
Digo eu ando bem confusa.
Queria mesmo que essa confusão fosse para escolher o que fazer de almoço, onde passar o reveillon, o que comprar de presente para as pessoas.
Infelizmente, esse mundo cor de rosa, não está existindo na minha vida nesse último mês, por assim dizer.
E poucas coisas estão colaborando para me deixar feliz.
1- situação da Giovana e a ida dela, repentinamente para o Brasil.
2 - a ida da Princess para Vancouver
3- Consequência do ponto 1 e 2 eu sozinha numa super casa, sem vizinhos, sem companhia.
4 -Anuncio do show do u2 no Brasil em abril e consequentemente a tensão para decidir se comprava ou nao comprava..... *Não comprei.. ahaha*
5- com tudo isso, a ação contra o meu ex empregador. Ansiedade pela data da audiência e muitas orações e pensamento positivos para que a data coincidisse com o acontecimento nº 4
6- Considerando 4 e 5 já estava me imaginando abraçando as pessoas, comendo feijoada e filé a parmegiana, comendo bolo quente com manteiga e brigadeiro na panela.
7- Enfim data marcada e 4, 5 e 6 vão por água abaixo....
8- TPM que tem acabado comigo
9 - o kit completo de 1 a 8 virou uma panela de pressão. E explodiu. Eu não consegui parar de chorar. E a palavra desespero me parece a mais verídica para descrever esse momento.
Tudo foi razão suficiente para isso acontecer, para sim desesperar, deprimir, ficar muito triste.
Quem tem falado comigo nesse período sabe o quanto tenho reclamado de solidão e do drama que é fazer as despedidas de Skype e MSN quando a hora avança madrugada a dentro no Brasil. #OdeioEsseFusoDe-5...
Estou minha melhor amiga como nunca estive na minha vida.
Estou aprendendo a conviver sozinha. De certa maneira isso me assusta. Tenho medo de me tornar pedra. De não saber mais conviver em sociedade. De não saber me relacionar com pessoas reais.
Tenho medo de adoecer. Mas tenho me apegado as minhas crenças. Isso tem me tornado mto mais forte. Mas a questão do adoecer ainda se faz presente. Tenho me observado.
Eu tenho objetivos. E tenho feito de tudo para atingí-los, mas sempre haverá uma pedra no meio do caminho ou um caminho no meio de uma pedra. E essa última combinação tb descreve o momento.
Eu costumo me surpreender com algumas reações. Minhas. Eu sempre me fiz de vitima. FIZ. Hoje encaro tudo isso como realmente é. Aprendizado e crescimento. Me abalo, posso chorar, mas sacudo a poeira.. e tenho que dar a volta por cima. Se não for assim, nunca será nada.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Incansável....
Cada dia aqui é um dia diferente, embora seja uma repetição de atividade, palavras e ações.
Me refiro aos meus sentimentos.
Tem dias que me sinto em paz, tem dias que me sinto em sintonia, tem dias que me sinto "miserável".
Me irritar e aceitar o que me irrita tem levado poucos minutos. Antes levaria uma vida.
Eu já me julguei uma pessoa perfeita. Levei tempo para entender que não sou. Mas ainda assim, não acho que eu seja tão problemática assim.
E me questionar os motivos dessas "provas" de vida é exercício mental diário.
Comecei me questionando pq eu estava me "rebaixando" tanto lavando privadas e banheiras...
Hoje nem penso mais nisso. Simplesmente faço. Encaro como ginástica. E transpiro muito!
Me questiono o porque do isolamento. O porque dessa instrospecção. Meu coração queria continuar nas noitadas de Vancouver. Mas minha mente sabe que é necessário aquietar. O coração aceita, embora ambos não tenham noção do motivo ou objetivo.
Simplesmente fazem, é o que tem pra hoje.
Acordar, trabalhar, voltar para casa, fazer janta/almoço, tomar banho, falar com poucas pessoas, dormir e tudo de novo.
Não é porque eu não queira fazer algo out side.. Simplemente não dá. Simplesmente não tem.
Repetição.
É o que eu tenho para lidar. Segurar uma ansiedade, me afastar de guloseimas, pensar positivo e para frente. Chorar quando sentir vontade.
Essa maratona de isolamento está sendo mentalmente cansativa.
Achar inspiração para continuar não é fácil. Mas poderia ser mais difícil.
Como sempre, aliás...
Me refiro aos meus sentimentos.
Tem dias que me sinto em paz, tem dias que me sinto em sintonia, tem dias que me sinto "miserável".
Me irritar e aceitar o que me irrita tem levado poucos minutos. Antes levaria uma vida.
Eu já me julguei uma pessoa perfeita. Levei tempo para entender que não sou. Mas ainda assim, não acho que eu seja tão problemática assim.
E me questionar os motivos dessas "provas" de vida é exercício mental diário.
Comecei me questionando pq eu estava me "rebaixando" tanto lavando privadas e banheiras...
Hoje nem penso mais nisso. Simplesmente faço. Encaro como ginástica. E transpiro muito!
Me questiono o porque do isolamento. O porque dessa instrospecção. Meu coração queria continuar nas noitadas de Vancouver. Mas minha mente sabe que é necessário aquietar. O coração aceita, embora ambos não tenham noção do motivo ou objetivo.
Simplesmente fazem, é o que tem pra hoje.
Acordar, trabalhar, voltar para casa, fazer janta/almoço, tomar banho, falar com poucas pessoas, dormir e tudo de novo.
Não é porque eu não queira fazer algo out side.. Simplemente não dá. Simplesmente não tem.
Repetição.
É o que eu tenho para lidar. Segurar uma ansiedade, me afastar de guloseimas, pensar positivo e para frente. Chorar quando sentir vontade.
Essa maratona de isolamento está sendo mentalmente cansativa.
Achar inspiração para continuar não é fácil. Mas poderia ser mais difícil.
Como sempre, aliás...
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Meus dias!
Estou me adaptando. Estou tentando ser o melhor de mim. Pra mim, mas ultimamente não tenho conseguido. Isso é um fato.
Preciso colocar minha cabeça em ordem.
A sensação que eu tenho, uma das muitas, é que eu não sou eu.
Deixei parte de mim, digamos a parte mais centrada e corajosa, pra tras...
Desde que cheguei aqui, tenho chorado. seja de cansaço pela viagem, seja de saudades, seja de pânico.
5af eu até matei aula. fiquei horas no orelhao chorando.
Tenho me sentido presa, tenho me sentido pressionada.
E o pior eh q nao sei por quem ou o q.
Nas aulas até tenho me sentido bem. tenho aprendido coisas e praticado mto.
Mas tenho me sentido sozinha demais. E é uma sozinha que até seja de mim.
Parece que fichas estao caindo e não sei o motivo.
Eu simplesmente não sei o que fazer, no entanto não se se há o que ser feito.
o que está contribuindo pra isso:
*nao estar em casa - mas isso é logico. Nunca imaginei nem se espera que uma mudança dessa seja com td o que se tem dentro de casa.... (pertences, familia...)
* não ter amigos - sim, isso está me deixando bodeada. E ao mmo tempo falar com os que eu tenho me deixa triste,.. pq eu q ueria um abraço...
* a incerteza do futuro. Isso eu acho que eh o mais doido de tds. Pq eu posso fazer mtas coisas e sim, isso amedronta.
* grana - acoredei de madrugada pensando q nao terei grana suficiente pra ficar aqui... mas como saber...
Eh mta informação em pouco tempo. Mtas coisas para lidar. Escola+regras da casa+linhas de onibus+ passeios+ tentar fazer amigos... td ao mmo tempo.
Sem contar a alimentação e o dia q voa.
Estou fora de esquadro isso eh bem verdade. E eu preciso fazer coisas que me tragam de volta ao centro. ou pelo menos a caminho do equilibrio.
de fato eu nunca imaginei que seria dificil. Nem que seria facil. Eu nunca, na verdade imaginei qq coisa sobre isso.
Eu preciso apenas me lembrar do meu objetivo, me apegar as coisas boas e acreditar que essa fase, como todas as outras, so serviram preu crescer.
Quais sao os meu objetivos??
Aprender a língua, viver em um país estrangeiro, crescer pessoalmente.
Chorar vai fazer parte, mas não posso me desesperar.
Preciso colocar minha cabeça em ordem.
A sensação que eu tenho, uma das muitas, é que eu não sou eu.
Deixei parte de mim, digamos a parte mais centrada e corajosa, pra tras...
Desde que cheguei aqui, tenho chorado. seja de cansaço pela viagem, seja de saudades, seja de pânico.
5af eu até matei aula. fiquei horas no orelhao chorando.
Tenho me sentido presa, tenho me sentido pressionada.
E o pior eh q nao sei por quem ou o q.
Nas aulas até tenho me sentido bem. tenho aprendido coisas e praticado mto.
Mas tenho me sentido sozinha demais. E é uma sozinha que até seja de mim.
Parece que fichas estao caindo e não sei o motivo.
Eu simplesmente não sei o que fazer, no entanto não se se há o que ser feito.
o que está contribuindo pra isso:
*nao estar em casa - mas isso é logico. Nunca imaginei nem se espera que uma mudança dessa seja com td o que se tem dentro de casa.... (pertences, familia...)
* não ter amigos - sim, isso está me deixando bodeada. E ao mmo tempo falar com os que eu tenho me deixa triste,.. pq eu q ueria um abraço...
* a incerteza do futuro. Isso eu acho que eh o mais doido de tds. Pq eu posso fazer mtas coisas e sim, isso amedronta.
* grana - acoredei de madrugada pensando q nao terei grana suficiente pra ficar aqui... mas como saber...
Eh mta informação em pouco tempo. Mtas coisas para lidar. Escola+regras da casa+linhas de onibus+ passeios+ tentar fazer amigos... td ao mmo tempo.
Sem contar a alimentação e o dia q voa.
Estou fora de esquadro isso eh bem verdade. E eu preciso fazer coisas que me tragam de volta ao centro. ou pelo menos a caminho do equilibrio.
de fato eu nunca imaginei que seria dificil. Nem que seria facil. Eu nunca, na verdade imaginei qq coisa sobre isso.
Eu preciso apenas me lembrar do meu objetivo, me apegar as coisas boas e acreditar que essa fase, como todas as outras, so serviram preu crescer.
Quais sao os meu objetivos??
Aprender a língua, viver em um país estrangeiro, crescer pessoalmente.
Chorar vai fazer parte, mas não posso me desesperar.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Comer amar rezar -O livro.
Estou lendo.
Estou devorando.
Estou me identificando.
Já chorei, já ri. Me emocionei. Eu já senti o que ela descreve. Eu jpa vivi algumas coisas... e eu acho que essa parte expressa mto bem o que isso quer dizer. Não farei considerações sobre mim ou sobre minha vivência. O foco é o livro.
Quando se está perdido nessa selva, algumas vezes é preciso algum tempo para você se
dar conta de que está perdido. Durante muito tempo, você pode se convencer de que só se afastou alguns metros do caminho, de que a qualquer momento irá conseguir voltar para a trilha marcada. Então a noite cai, e torna a cair, e você continua sem a menor idéia de onde está, e é hora de reconhecer que se afastou tanto do caminho que sequer sabe mais em que direção o sol nasce.
Encarei minha depressão como se fosse o maior desafio da minha vida, e é claro que era mesmo. Passei a estudar minha própria experiência depressiva, tentando desvendar suas causas. O que estava na raiz de todo aquele desespero? Seria psicológico? (Culpa de mamãe e papai?) Seria apenas temporário, um "período difícil" da minha vida? (Quando o divórcio terminar, será que a depressão vai terminar também?) Seria genético? (A Melancolia, chamada de muitos nomes, aflige minha família há gerações, junto com seu triste noivo, o Alcoolismo.) Seria cultural? (Será que isso é apenas a ressaca de uma americana pós-feminista que trabalha tentando encontrar o equilíbrio em um mundo urbano cada vez mais estressante e alienante?) Seria astrológico? (Será que estou tão triste porque sou uma canceriana sensível cujas principais características são todas regidas pelo instável Gêmeos?) Seria artístico? (As pessoas criativas não sofrem sempre de depressão por serem ultra-sensíveis e especiais?) Seria evolucionário? (Será que carrego comigo o pânico residual que vem de milênios de tentativas da minha espécie de sobreviver em um mundo brutal?) Seria cármico? (Será que esses espasmos de tristeza são apenas as conseqüências de um mau comportamento em vidas passadas, os últimos obstáculos antes da libertação? Seria hormonal? Nutricional? Filosófico? Sazonal? Ambiental? Será que eu estava experimentando uma ânsia universal por Deus? Será que estava com um desequilíbrio químico? Ou será que eu simplesmente precisava transar?)
.......
A última coisa que tentei, depois de dois anos de luta contra essa tristeza, foi tomar remédios. Se me permitem expor minhas opiniões aqui, acho que isso sempre deve ser a última coisa a se tentar. Para mim, a decisão de tomar o caminho da "Vitamina P" aconteceu depois de uma noite em que eu havia passado horas sentada no chão do meu
quarto, tentando seriamente convencer a mim mesma a não cortar meu próprio braço com
uma faca de cozinha. Nessa noite, ganhei a discussão com a faca, mas foi por pouco.
Naquela época, andava tendo algumas outras boas idéias - sobre como pular do alto de
um prédio ou explodir minha cabeça com um tiro poderia pôr fim ao sofrimento Mas
alguma coisa no fato de passar a noite com uma faca na mão me fez ver a situação com
outros olhos.
Na manhã seguinte, liguei para minha amiga Susan bem cedinho e implorei-lhe que me
ajudasse. Acho que nenhuma mulher na história da minha família fez isso antes, sentar-se no meio da estrada daquele jeito e dizer, na metade da vida: "Não consigo dar mais nenhum passo - alguém precisa me ajudar." Parar de andar não teria adiantado nada para aquelas mulheres. Ninguém as teria ajudado, nem poderia. A única coisa que teria acontecido era que elas e suas famílias teriam passado fome. Eu não conseguia parar de pensar nessas mulheres.
E nunca vou me esquecer da expressão de Susan ao entrar correndo no meu apartamento,
cerca de uma hora depois do meu telefonema pedindo socorro, e me ver encolhida no
sofá. A imagem da minha dor refletida no visível medo que ela sentiu pela minha vida
ainda é para mim uma das lembranças mais assustadoras de todos aqueles anos
assustadores. Fiquei encolhida em posição fetal, enquanto Susan dava alguns telefonemas e encontrava um psiquiatra que pudesse me atender naquele mesmo dia para conversar sobre a possibilidade de me receitar antidepressivos. Escutei metade daquele diálogo telefônico de Susan com o médico, e ouvi-a dizer: "Acho que minha amiga vai se machucar seriamente." Eu também estava com medo.
Estou devorando.
Estou me identificando.
Já chorei, já ri. Me emocionei. Eu já senti o que ela descreve. Eu jpa vivi algumas coisas... e eu acho que essa parte expressa mto bem o que isso quer dizer. Não farei considerações sobre mim ou sobre minha vivência. O foco é o livro.
Quando se está perdido nessa selva, algumas vezes é preciso algum tempo para você se
dar conta de que está perdido. Durante muito tempo, você pode se convencer de que só se afastou alguns metros do caminho, de que a qualquer momento irá conseguir voltar para a trilha marcada. Então a noite cai, e torna a cair, e você continua sem a menor idéia de onde está, e é hora de reconhecer que se afastou tanto do caminho que sequer sabe mais em que direção o sol nasce.
Encarei minha depressão como se fosse o maior desafio da minha vida, e é claro que era mesmo. Passei a estudar minha própria experiência depressiva, tentando desvendar suas causas. O que estava na raiz de todo aquele desespero? Seria psicológico? (Culpa de mamãe e papai?) Seria apenas temporário, um "período difícil" da minha vida? (Quando o divórcio terminar, será que a depressão vai terminar também?) Seria genético? (A Melancolia, chamada de muitos nomes, aflige minha família há gerações, junto com seu triste noivo, o Alcoolismo.) Seria cultural? (Será que isso é apenas a ressaca de uma americana pós-feminista que trabalha tentando encontrar o equilíbrio em um mundo urbano cada vez mais estressante e alienante?) Seria astrológico? (Será que estou tão triste porque sou uma canceriana sensível cujas principais características são todas regidas pelo instável Gêmeos?) Seria artístico? (As pessoas criativas não sofrem sempre de depressão por serem ultra-sensíveis e especiais?) Seria evolucionário? (Será que carrego comigo o pânico residual que vem de milênios de tentativas da minha espécie de sobreviver em um mundo brutal?) Seria cármico? (Será que esses espasmos de tristeza são apenas as conseqüências de um mau comportamento em vidas passadas, os últimos obstáculos antes da libertação? Seria hormonal? Nutricional? Filosófico? Sazonal? Ambiental? Será que eu estava experimentando uma ânsia universal por Deus? Será que estava com um desequilíbrio químico? Ou será que eu simplesmente precisava transar?)
.......
A última coisa que tentei, depois de dois anos de luta contra essa tristeza, foi tomar remédios. Se me permitem expor minhas opiniões aqui, acho que isso sempre deve ser a última coisa a se tentar. Para mim, a decisão de tomar o caminho da "Vitamina P" aconteceu depois de uma noite em que eu havia passado horas sentada no chão do meu
quarto, tentando seriamente convencer a mim mesma a não cortar meu próprio braço com
uma faca de cozinha. Nessa noite, ganhei a discussão com a faca, mas foi por pouco.
Naquela época, andava tendo algumas outras boas idéias - sobre como pular do alto de
um prédio ou explodir minha cabeça com um tiro poderia pôr fim ao sofrimento Mas
alguma coisa no fato de passar a noite com uma faca na mão me fez ver a situação com
outros olhos.
Na manhã seguinte, liguei para minha amiga Susan bem cedinho e implorei-lhe que me
ajudasse. Acho que nenhuma mulher na história da minha família fez isso antes, sentar-se no meio da estrada daquele jeito e dizer, na metade da vida: "Não consigo dar mais nenhum passo - alguém precisa me ajudar." Parar de andar não teria adiantado nada para aquelas mulheres. Ninguém as teria ajudado, nem poderia. A única coisa que teria acontecido era que elas e suas famílias teriam passado fome. Eu não conseguia parar de pensar nessas mulheres.
E nunca vou me esquecer da expressão de Susan ao entrar correndo no meu apartamento,
cerca de uma hora depois do meu telefonema pedindo socorro, e me ver encolhida no
sofá. A imagem da minha dor refletida no visível medo que ela sentiu pela minha vida
ainda é para mim uma das lembranças mais assustadoras de todos aqueles anos
assustadores. Fiquei encolhida em posição fetal, enquanto Susan dava alguns telefonemas e encontrava um psiquiatra que pudesse me atender naquele mesmo dia para conversar sobre a possibilidade de me receitar antidepressivos. Escutei metade daquele diálogo telefônico de Susan com o médico, e ouvi-a dizer: "Acho que minha amiga vai se machucar seriamente." Eu também estava com medo.
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sexta-feira, 19 de março de 2010
Um turbilhão de sensações.
Stress, cansaço, raiva.
Ansiedade, esperança, vontade.
Um misto estranho. tem horas que fortalece, tem horas que desanima.
E mais desanima.
As vezes me lembro (a pulso) que nada é eterno. Que as coisas todas se modificam, que nada é estável.
Mas essas vezes, parece que tudo é o contrário disso.
Pessoas ao meu redor se casam.
Pessoas ao meu redor ficam grávidas.
Pessoas ao meu redor constroem (sem fantasias)vidas. Histórias. Lembranças.
Minha vontade agora é de chorar. Chorar não apenas pelas circunstâncias... Mas por não saber o que fazer.
Essa semana me deparei com um fato verdadeiro.
Tenho sonhado com gravidez. Com bebês. E, me dei conta, já acordada, que por mais que eu queira acreditar, gerar um filho meu fica cada dia mais difícil.
Razões na natureza...
Talvez eu não tenha do que reclamar. Talvez eu tenha que me sentir grata pelo que não tenho.
Tem horas que me sinto ingrata. Tem horas que me sinto incompleta.
Não posso reclamar das coisas que tenho feito, recebido, construído.
Assumo minha responsabilidade sob certos aspectos e circunstâncias, mas ...
Stress, cansaço, raiva.
Ansiedade, esperança, vontade.
Um misto estranho. tem horas que fortalece, tem horas que desanima.
E mais desanima.
As vezes me lembro (a pulso) que nada é eterno. Que as coisas todas se modificam, que nada é estável.
Mas essas vezes, parece que tudo é o contrário disso.
Pessoas ao meu redor se casam.
Pessoas ao meu redor ficam grávidas.
Pessoas ao meu redor constroem (sem fantasias)vidas. Histórias. Lembranças.
Minha vontade agora é de chorar. Chorar não apenas pelas circunstâncias... Mas por não saber o que fazer.
Essa semana me deparei com um fato verdadeiro.
Tenho sonhado com gravidez. Com bebês. E, me dei conta, já acordada, que por mais que eu queira acreditar, gerar um filho meu fica cada dia mais difícil.
Razões na natureza...
Talvez eu não tenha do que reclamar. Talvez eu tenha que me sentir grata pelo que não tenho.
Tem horas que me sinto ingrata. Tem horas que me sinto incompleta.
Não posso reclamar das coisas que tenho feito, recebido, construído.
Assumo minha responsabilidade sob certos aspectos e circunstâncias, mas ...
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
I´m fired
Dia 29.01 eu recebi uma notícia ... de desanimar um pouco... Fui sutilmente desligada da empresa a qual trabalhei por 9 anos. Os motivos não se encaixam com a realidade. Nem na hora eu acreditei que a tal da performance era a culpada. Mas de fato, não havia nada que eu pudesse fazer, não ser me despedir de alguns amigos (verdadeiros) e sair de lá com a cabeça erguida.
Não chorei. Pq fui muito racional e foi assim tentei encarar. Bem ou mal.. it´s done. Fiz inúmeras piadinhas, ri da situação, não deixei a peteca cair.
Recebi ligações, emails, visitas de pessoas que estão ao meu lado. Isso é o mais valioso. Tenho amigos verdadeiros. E eu os amo tanto quanto.
Mas hoje, não pude mais suportar coisas que passam pela minha cabeça pq:
Estou mentalmente confusa.
Tenho a necessidade de procurar um emprego, pois não me concebo financeiramente dependente. Caem por terra todas as piadinhas de me casar com um marido rico (até pq ele teria que ser MTO RICO e eu teria que ter amigas na mma situação, pq ser mto rica e ser sozinha não tem graça...)
FOCO... sempre quis estudar e morar fora. E na sexta feira, vi essa possibilidade crescer diante dos meus olhos.
Todo fogo queima e alguns desejos perecem.
Hoje, tenho amigos fiéis ao meu lado e que estão fazendo o que podem (sem ao menos dever) para me ajudar em uma relocação no mercado de trabalho.
A frase "Cada escolha é uma renuncia" me abala e me faz tremer cada vez que eu penso nela ou pior, cada vez que ela toma conta dos meus pensamentos, como se tivesse vida própria.
Me pergunto: O que eu quero? Quero voltar para o banco, sabendo como as coisas funcionam apenas para ter o salários e os benefícios ( e o status) garantidos?
Procurar outra coisa, com a necessidade de me satisfazer pessoalmente, sem ter garantias financeiras?
Sim, tudo é novo. E volto a dizer. Estou confusa.
Tenho medos. Mas tenho vontades. Correr risco sempre eh importante. Mas... sem há um mas..
Essa é a primeira x que paro e me dedico a colocar essas sensações pra fora.
E mesmo depois de alguns minutos, ainda tenho perguntas para uma vida toda.
Não chorei. Pq fui muito racional e foi assim tentei encarar. Bem ou mal.. it´s done. Fiz inúmeras piadinhas, ri da situação, não deixei a peteca cair.
Recebi ligações, emails, visitas de pessoas que estão ao meu lado. Isso é o mais valioso. Tenho amigos verdadeiros. E eu os amo tanto quanto.
Mas hoje, não pude mais suportar coisas que passam pela minha cabeça pq:
Estou mentalmente confusa.
Tenho a necessidade de procurar um emprego, pois não me concebo financeiramente dependente. Caem por terra todas as piadinhas de me casar com um marido rico (até pq ele teria que ser MTO RICO e eu teria que ter amigas na mma situação, pq ser mto rica e ser sozinha não tem graça...)
FOCO... sempre quis estudar e morar fora. E na sexta feira, vi essa possibilidade crescer diante dos meus olhos.
Todo fogo queima e alguns desejos perecem.
Hoje, tenho amigos fiéis ao meu lado e que estão fazendo o que podem (sem ao menos dever) para me ajudar em uma relocação no mercado de trabalho.
A frase "Cada escolha é uma renuncia" me abala e me faz tremer cada vez que eu penso nela ou pior, cada vez que ela toma conta dos meus pensamentos, como se tivesse vida própria.
Me pergunto: O que eu quero? Quero voltar para o banco, sabendo como as coisas funcionam apenas para ter o salários e os benefícios ( e o status) garantidos?
Procurar outra coisa, com a necessidade de me satisfazer pessoalmente, sem ter garantias financeiras?
Sim, tudo é novo. E volto a dizer. Estou confusa.
Tenho medos. Mas tenho vontades. Correr risco sempre eh importante. Mas... sem há um mas..
Essa é a primeira x que paro e me dedico a colocar essas sensações pra fora.
E mesmo depois de alguns minutos, ainda tenho perguntas para uma vida toda.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Futuro...
Me pergunto.. quem irá empurrar minha cadeira de rodas quando eu estiver de cabelo branco....
É uma pergunta profunda, se você considerar uma série de ... possibilidade (ou a falta delas)...
Queria que esse post tivesse apenas a primeira linha.. porque há coisas que você não explica, mas ainda assim.. é preciso dizê-las...
É uma pergunta profunda, se você considerar uma série de ... possibilidade (ou a falta delas)...
Queria que esse post tivesse apenas a primeira linha.. porque há coisas que você não explica, mas ainda assim.. é preciso dizê-las...
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