sexta-feira, 25 de março de 2011

Descompressão...

As vezes me preocupo demais com o que você vai pensar de mim.
E é idiotice.
Porque eu não sou perfeita. Mas você me faz querer que eu seja melhor.
Um melhor que eu não posso ser. Porque é um melhor idealizado por mim. E que talvez voce nem se importe. Pq a minha preocupação não tem qualquer fundamento. Eu não sei o que você pensa. Eu acabo me importando com o que nem forma tem.
Fato é:
Já me estraguei demais. E não sei se eu quero que você me veja por debaixo daquilo que me cobre e que na verdade eu apenas uso para me esconder. Mais.

Damaged. Broken. Scared. Addicted. Human.

Dos desejos que eu tenho. Mantenho em segredo.
Dos segredos que tenho. Alimento os desejos.
Da fome que sinto, me farto de nada.
Mas não tenho fundo. Não tenho parada.
Das dores físicas que sinto nenhum remédio é capaz de amenizar.
Das demais, aquelas que eu sofro, nem filosofia, química, música, psicologia. Nem beijo, nem palavras, nem fotos, nem abraço.
Parece coisa eterna. Que por mais que eu tente me focar, por mais que eu tente me objetivar, uma contra força vem e me impede de levantar, erguer e seguir em frente. Mesmo que esse em frente seja lateralmente. De qualquer forma não saio do lugar.
Mas ao mesmo tempo corro para tentar entender e decifrar esses mistérios. Me canso.
Nem eu e nem você.
Mas apenas eu.

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20 minutos depois de fazer esse post, de mandar um email pro meu BFF.... quebro um copo na cozinha.
Seria um sinal....
Pq qdo estou no estado que estou qualquer coisa se torna motivi de achismo.
Sempre acreditei que qdo alguma coisa se quebra (copo, prato...) um mal eh evitado.
Não é apenas um copo que se quebra.
Porque segundos antes da queda eu pensei em atirá-lo na parede. E vi em câmera lenta, ele caindo e não fiz nada para evitar.
Porque "Quebrar" é/era inevitável. Fosse com a minha ação de arremessá-lo, fosse com a queda em si.
Teorizando, racionalizando...
Ta na hora do Cymbalta??

quarta-feira, 23 de março de 2011

Da série: Pessoas de Vancouver - Cap 4 - Rodolfo

Prazer Rodolfo, brasileiro, 24 anos, solteiro.
Isso é uma das maneiras que ele mesmo se apresenta para as pessoas. Digo, para as pessoas do sexo feminino, claro.
Mas definitivamente isso não resume (aliás, não chega nem perto)de dizer o que o Rods é.
Ele é um fofo. Daqueles bem criados, que toda mãe se orgulha. Super geração saúde, está aprendendo a cozinhar ( e olha que o arroz dele é de babar!!!), já aprendeu a lavar roupa, é educado, responsável. De confiança.
Além de tudo ele é meu roomatte. Dividimos um cafofo super massa. Mas acima disso: Somos de um tudo um para o outro. Porque nos dias que eu precisei de um colo de irmão ele estava lá para dizer que tudo ficaria bem. E foi assim quando eu precisei de um pai pra pegar no meu pé, quando precisei de um amigo para dividir comigo a(s) minha(s) ressaca(s) moral(is). Quando ele está triste eu fico preocupada, qdo ele fica feliz comemoramos juntos.
Ele já me viu de bom humor, de péssimo humor, já me viu com TOC, já me ouviu roncando, já me viu ao acordar, já me viu produzida... Já ouviu meus lamúrios, já fez muito por mim.
E faz sempre. E faz todos os dias. Seja me desejando um sincero bom dia, seja fazendo um chazinho antes de dormir.
Como já falei não sei como seria a minha vida sem esses meu amigos Vancouverianos, nao é??
Pois é.. não imagino minha vida sem o Rodolfo. E já prevendo um futuro onde não nos veremos todos os dias, ambos voltaremos (ou não) para o Brazil... me dá uma tristeza e meus olhos ficam .... enfim.. coisas do futuro certo??
Enqto isso vou aproveitar para mimar o meu garoto.
Rods, você é um presententão na minha vida.
QUe seus sonhos TODOS se concretizem!!
Amo vc, matte!!

terça-feira, 15 de março de 2011

Contagem regressiva

Em dois meses estarei aportando em terras brasileiras.
Fato que estou feliz. Estou com saudades e um pouco cansada de estar longe.
Parte de Vancouver se foi então ela fica um pouco menos... alegre. Isso é normal.
Claro que eu, obsessiva que sou, estou fazendo uma lista do que eu quero fazer, comer, quem eu quero ver e tals...
Da sessão comida:

Feijoada do Nordestão
Cebola e batata do Outback
Rodízio de japonês (pode ser daquele atrás do Pimenta - se ele ainda existir)
Pão de mel da minha irmã
brigadeiro da minha mãe
beijinho da monha tia
Pizza da 29
Guaraná Antartica
Bife a parmegiana do Amarelino e/ou do Corinthians
Qualquer coisa com coentro (nao que aqui não tenha o dito condimento, mas o azeite de dendê tb faz muita diferença)
Cocada
Bolacha cream cracker com requeijão - aliás qq coisa com requeijão
Maminha, picanha da minha mãe
farofa da Val
o bacalhau da Tia Rita
Bis
Esfiha do Habbib´s

Ou seja... bora pra academia pq vou ter que queimar mta coisa antes mesmo de consumir ahahahah

segunda-feira, 14 de março de 2011

Pequenos Prazeres

Esse título me faz lembrar um filme...
Le fabuleux destin d'Amélie Poulain - O fabuloso destino de Amelie Poulain.
Lembro-me como foi a ida ao cinema para assistí-lo. Um dia de chuva pesada em São Paulo. Mas a indicação era valiosa. Internacional. Eu não poderia perder a oportunidade mesmo. E lá estava eu. Toda molhada, sem sapatos(ensopados), mas bem aconchegada no amado escurinho do cinema.
O filme, bem... se tornou um dos meus favoritos. Linda fotografia, o danado chega a ter gosto de cereja. É lírico, poético. Mágico.
Ele fala de tantas coisas e mostra tantas outras... Mas a minha intenção aqui é colocar para fora alguns pequenos prazeres que eu sinto. Assim como a Amélie do filme a Amália aqui também adora enfiar a minha mão dentro de um saco cheio de grãos (feijão, arroz...), assim como ela imaginar, fantansiar histórias por de trás de objetos, pessoas...
Tenho vivido um tempo parado. Um tempo que não faço outra coisa que não seja procurar por emprego, assistir seriados numa sequência quase que desenfreada, trocar o dia pela noite e ainda assim dormir pouco.
Lembro-me de uma sessão na terapia quando a Adri dizia que a força que se faz para mudar um hábito é muito superior à força que você usa para manter os que não são tão bons para você ( como parar de beber, começar uma dieta...)
Pois é. É essa força que eu tenho procurado para sair dessa roda giratória de """maus""" hábitos.
Por isso pequenos prazeres. Não estou menosprezando o valor ou o tamanho dele. Penso em pequeno como algo confortável. Cozy.
Tenho cozinhado. E tenho adorado o exercício de picar a cebola, de cronometrar o tempo para que tudo fique pronto no mesmo simultaneamente. Tiro fotos, ganho elogios. Fico feliz!
Tenho me exercitado. Ido mesmo para a academia. Quem me conhece sabe que já fiz muitas carteirinhas, já fiz muito charme e manhã para ir e continuar treinando. Sinto verdadeiramente que essa vez é diferente. Vou aos poucos. Sem objetivos grandiosos. Um minuto por vez. E por incrível que pareça estou me rendendo e gostando. Não tiro fotos e nem vem ao caso ganhar elogios. Mas eu fico feliz e orgulhosa. Por mim.
Esse final de semana não coloquei a cara pra fora de casa. A não ser para comprar um café puro no Starbucks. Fiquei de pijama, deitada no colchão-sofá na sala, grudada no note, massacrando meu cérebro com seriados. Mas tive companhia. Tomei sorvete do pote. Ri. Chorei. Me senti fora de mim. Sem problemas, sem preocupações.
Não pessoas. Não estou fugindo, não estou me iludindo. Tenho ciência de que na realidade nada mudou. Mas eu fiquei menos focada. As vezes não há nada para se fazer. E também, fazer nada é fazer muito.
Música... Ai a música. Seja em programas de tv, seja no IPod. seja na academia, seja no banho. Viajo, fico longe, tenho pensamentos, sensações e reações físicas.
Tenho olhado muito pela janela. Confesso que a curiosidade pela vida alheia sempre foi grande. Mas não pela fofoca. Mas as vezes é preciso se lembrar que há vida fora de você. E olha novamente a criação de histórias sobre a vida alheia. (o engraçado é quando um personagem aporta no seu apartamento. A realidade se confunde com a fantasia... é uma sensação doida...)
E o que falar do melhor dos prazeres.. O amor..
Mas ele.. aaahhhh ele não é pequeno. Ele é gigantesco. Ele nem mereceria estar aqui. Porque afinal de contas. É o amor, né. Aquele que sempre tem espaço em qualquer papo de mulher (seja falando bem ou mal), ou na bronca de pai para filho. Ou nas lembranças avivadas pelos sonhos loucos das poucas horas de sono.
São 04 da manhã. Já bocejei. Já até escovei meus dentes. Mas a cabeça não quer se entregar a esse prazer que é dormir.
Mas seja lá como for.. É hora de ir. Me entregar aos braços de Morfeu.
Prazer e prazeres!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Dias em Vancouver

Como o tempo passa.
Como voa. Seria por uma questão geográfica? Isso acontece com você também?
Voltei para Vancouver tem um mês e meio. Quantas coisas aconteceram de lá pra cá.
Despedidas, porres, carnaval, orgias gastronômicas, lágrimas, academia, escola, novos amigos...
Essa semana dei alguns passos importantes na minha vida.
Troquei milhas por passagem, abri mão de diversões garantidas, rezei, silenciei.
Senti muita saudade de coisas práticas. Veja, não vou falar do que sinto pelas pessoas, porque chega a ser covardia...
Senti falta de fazer terapia. Senti falta da sensação de estar mais focada no meu desenvolvimento. Aqui há muitas distrações. Por isso é mais difícil aquietar coração e mente. Tenho tentado meditar. Mas não tá fácil. Não que seja, mas já foi menos difícil.
Eu tenho tido dificuldade em me focar. Seja cozinhando e deixando o fogo ligado (sim, ligado porque ele é elétrico e não acesso.. ahaha nossa que diferença)seja tirando xerox e não lembrando onde deixei as folhas.
Tenho procurado por emprego. Mas minha busca não tem sido sucedida. Veja, nem é questão de ser BEM sucedida. É questão de simplesmente ser.
Tenho percebido alguns medos. Novos, por sinal. E produzido por ações tomadas no passado. Ou seja pura consequencia. Tenho que lidar.
Não sei se estou pronta para encarar. Por isso nem me atrevo a tentar escrever. A fase do encarar tem sido difícil. Chego a me "arrepiar" com esses pensamentos e as sensações que esses medos produzem em mim.
Como falei,tenho ido na academia (oooohhhhh!!!!) Ok, foram dois dias. Mas parece que estou pensando melhor. É o oxigênio correndo melhor em mim.
Quem sabe ligar o ipod no máximo, com músicas estimulantes, queimando calorias não me ajudem a achar esse "centro".

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Só para constar, não é nada muito pessoal, mas há pessoas que me irritam. Muito.