segunda-feira, 7 de julho de 2008

Se...

Se

Se o que foi planejado tivesse sido feito, faríamos hoje bodas de papel,
Se o amor proferido fosse efetivamente verdadeiro, faríamos hoje bodas de papel,
Se nossas ações fossem em prol dessa construção, faríamos hoje bodas de papel.

Não estou me lamentando. Muito pelo contrário. Sinto-me agradecida, sinto-me madura, sinto-me feliz.
Feliz pelo que tenho triste pelo que poderia ter sido (considerando uma infinidade de questões).

Se naquela época eu pensasse como hoje, não teria casado.
Se naquela época eu agisse como hoje, não teria casado.
Se naquela época eu tivesse a maturidade que eu tenho hoje...

Só sou o que sou hoje, só tenho o que tenho agora, em razão de tudo que aconteceu no passado (em todo o passado: com e sem você, antes e depois de você)
Não temos como mensurar, divagar sobre o que poderia ter sido. É uma equação e não temos como inverter os elementos que a compõem. Nessa matemática, o fator TEMPO é imprevisível!

Nada melhor e mais justo do que ele.

Hoje, como venho dizendo, tenho exatamente tudo o que eu preciso. Tenho o que eu fiz por merecer. E assumir isso diante do meu espelho tem um efeito incrível. Porque não tenho peso nenhum em assumir meus erros e meus acertos. Não carrego dentro de mim o estigma da perfeição cor de rosa de um mundo mágico e encantado.

A realidade não é simples, não é fofa. Também não é hostil, muito menos escura.
Ela é aquilo que sempre foi. Sem lentes, sem panos. Sem traquejos e sem desculpas.

Enxergar e lidar com tudo isso requer tempo, prática e habilidade para viver cada dia como se fosse o primeiro, mas sem abandonar o passado e manter o foco no futuro. Porque é lá e é hoje que as coisas vão acontecer.

Ju, esse post é especial para você. Especial, pq tem seu dedo nessa história. Então: Obrigada. Obrigada por me dar a oportunidade de crescer e “errar”. “Errar” de um jeito que só eu sei entender, até porque não significa que você esteja certo.

Hoje eu tenho mais orgulho de mim. Mais orgulho da maturidade que eu atingi. Não é por você, nem com você, muito menos para você. Tem a ver comigo. Tem a ver com a minha vida.

O que na época foi motivo de tristeza e de muitos questionamentos, hoje tem gostinho de vitória. Entendo as suas e as nossas razões, mas entendo muito mais as minhas.

Continuo querendo seu bem. Continuo, mesmo que de muito longe, torcendo pela sua felicidade. Não sei se você entenderá o que te escrevo, mas também... não se preocupe. Um dia quem sabe.

1 E o que você sabe?:

Sandrinha disse...

Se tudo tivesse uma explicação, não precisaríamos pensar no que poderia ter acontecido. Não ficaríamos na angústia de pensar sempre "e se fosse de outro jeito, e se fosse outra vida".

Bom mesmo é o agora. Mesmo que ele não seja fácil.

Bom também é reconhecer quando alguém nos foi (é) especial, reconhecer quando alguém nos ensinou algo.

Seja feliz sempre!!! ^_^

Beijo no coração!